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Inspiração: 5 dicas eficazes


Inspiração é um negócio complicado. Primeiro, porque ela surge quando a gente menos espera. Depois, porque há quem acredite que, escrever (ou produzir qualquer tipo de arte) é sempre uma questão de inspiração (e não é, ou não é apenas isso). Para ajudar você nessa jornada atrás da Musa Inspiradora, eu separei algumas dicas para nunca mais precisar se desesperar na hora de escrever.

1. Anote tudo


A musa inspiradora é uma menina muito sapeca, que gosta de aparecer onde menos esperamos: no chuveiro, enquanto lavamos a louça, dentro do carro... Minha primeira dica eu aprendi quando tinha um blog de moda: teve uma ideia, anote-a. Se você lida bem com a tecnologia, vale uma notinha no celular, ou gravar um áudio com a ideia. Comigo, não funciona. Eu não me lembro de olhar as anotações no celular (é, minha gente, titia está ficando velha). Mas eu tenho váááários bloquinhos de papel espalhados em pontos estratégicos: tenho dois dentro da bolsa, um no criado-mudo ao lado da cama, um na minha mesa no trabalho... Só não dá pra deixar pra depois. Meu maior problema é quando estou no trânsito. Eu sempre acordo muito inspirada e, às vezes, enquanto dirijo até o trabalho, construo cenas incríveis na minha mente, monto metáforas riquíssimas. O problema é que nem sempre consigo anotar na hora e, quando consigo anotar, boa parte da ideia já se perdeu.

2. Tenha olhos atentos




A inspiração para as artes está no mundo. Um escritor deve estar atento às coisas ao seu redor, olhar o mundo com lentes diferentes das que usam as pessoas comuns. Quer um exemplo? Dia nublado tem que cor? Se você respondeu cinza, mil perdões, mas eu discordo 100% de você. Em minha cidade, pelo menos, os dias nublados são brancos. Sim, brancos. Mas a gente se acostuma a ouvir, desde sempre, que o dia está cinza, e acaba repetindo a expressão sem sequer prestar atenção aos detalhes.

A poesia é aquilo que nos toca, que desperta sentimentos. E não precisa estar em versos. Lembre-se do seu trecho favorito de um livro: normalmente, será um trecho poético. Observe como as folhas caem, o movimento que fazem com a passagem do vento. Observe as pessoas, como agem, o que sentem – imagine os pensamentos dessas pessoas. Grave as cores do por-do-sol na memória, desde os dias mais laranjados aos mais cor-de-rosa. Analise formatos de nuvens. Um escritor não pode ver o mundo com os mesmos olhos que as outras pessoas.

3. A vida acontece lá fora


Escrever é um ato solitário. Mas o escritor não pode ser um ermitão da caverna, isolado do mundo à frente de um computador (ou de uma máquina de escrever, ou de papel e caneta, ou de carvão e pedra). As experiências humanas estão no mundo! Conhece aquela famosa frase que diz que nenhum homem é uma ilha? É a mais pura verdade.

Viver histórias nos inspira. Ouvir histórias nos inspira. Assistir histórias nos inspira. Tudo nos inspira, menos uma tela em branco – vai por mim.

4. Aproveite seus sentimentos




Ninguém gosta de sofrer, certo? Mas se você nunca sofreu, provavelmente não conseguirá descrever uma cena sofrida com a mesma propriedade que aquele que já tenha passado por isso. Se sofrer é inevitável, tire uma boa lição disso.

Uma das coisas que aprendi nas minhas aulas de teatro é a prestar atenção nos sinais que meu corpo dá. Quando você se apaixona, que reações físicas você sente? Seu estômago formiga, borbulha como um sal de frutas? Ou ele gela? Quando você está prestes a chorar, um arrepio percorre a base a sua espinha, ou sua garganta se fecha, travando qualquer chance de engolir a tristeza, e por isso transborda nos olhos? Permita-se sentir! (E guarde as sensações na memória).

5. Consuma arte


Estamos falando de escrever livros, certo? Para manter sua inspiração em alta, leia livros. A dica pode parecer óbvia, num primeiro momento, mas não é. Conheço pilhas de escritores que, assim que começam a escrever seu projeto, abandonam qualquer leitura, com medo de ter sua escrita influenciada pelos livros que lê. Por mais que isso possa acontecer com o escritor inexperiente, que ainda não descobriu sua voz interior, na maioria das vezes o que ocorre é que sua imaginação é estimulada na leitura. E a imaginação é a mãe da inspiração.

Vale também ter contato com outros tipos de arte: cinema, fotografia, pintura, escultura... Tudo é válido na hora de ir em busca da sua musa. Você pode, inclusive, juntar essa dica com a número 3 e ir a algum lugar diferente de sua casa para consumir arte. O que não pode é se fechar num casulo.

E você, quer acrescentar mais uma dica nesse post? O que faz para ir em busca de sua musa inspiradora?

Segue aê:
Blog: Qualquer Sentido
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Instagram: @qualquer_sentido

2 comments:

  1. Nossa, a questão da observação é mesmo muito importante. A riqueza se encontra nos detalhes.

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