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LITERATURA MARGINAL

A literatura considerada por muitos como “marginal” vem conquistando cada vez mais seu espaço entre aqueles hoje considerados acadêmicos.
E a prova disso é o crescente número de escritores e poetas periféricos que surgem dia-a-dia em nossos subúrbios ocupando um espaço antes vago e esquecido pelas autoridades pseudoculturais. E o mais importante de tudo isso é que a arte produzida na forma escrita não deixa nada a desejar. Talvez a grande diferença entre um escritor periférico e um já renomado no meio literoculturalseja a vivência dos fatos. Parece que o escritor periférico vive ou viveu o que escreve. Muitas vezes sua narração leva o leitor a relembrar fatos vividos por ele quando criança ou ainda mesmo quando adulto, pois parece que a periferia não estipula diferença entre os que nela habitam. O simples fato de sentir grandes necessidades sociais, cujo desprezo se faz presente a qualquer momento, faz com que o artista despeje uma quantidade esmagadora de verdades cruas em seus versos ou em suas prosas. Está bem claro que não somente a literatura vem conquistando seu espaço no meio artístico, pois temos também o teatro com sua ironia e deboche causadores de grandes conquistas devidos a uma imensa coragem despertada nos corações de um povo intitulado suburbano. Temos também, como se fossem facadas na arrogância política, as pinceladas marcantes dos artistas plásticos sendo que muitos, para se tornarem o que são hoje, tiveram que, até por opção, abandonar o hábito da pichação.
Muitos escritores periféricos sabendo ser uma ilusão sobreviver da arte seja ela representada, escrita ou pintada, tem como ofício um trabalho formal ou informal, sendo que para poderem editar suas obras muitos deles recorrem ao mais simples e conceituado meio de exibição escrita, o famosíssimo FANZINE, onde se é possível publicar um grande número de texto por um preço quase simbólico e até mesmo de uma forma gratuita participando apenas como colunista ou um simples colaborador.

Parece que a “literatura marginal’ recusa-se a deixar tal alcunha. Até porque muitos leitores se recusam a entrar mar adentro com suspeitas de não apreciarem muito o que poderão encontrar.




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