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La commedia è finita: Como usar técnicas de dramaturgia para potencializar seu livro.

Uma coisa que aprendemos na escola, mas que quando começamos a desenvolver o embrião de um livro percebemos que é totalmente errado, é que um texto teatral e um em prosa (narrativa "comum") são coisas totalmente distintas e que suas técnicas de construção não podem ser misturadas.

Isso é um dos maiores equívocos que um escritor pode cometer quando vai iniciar seu livro, pois por melhor que um enredo seja, se ele não fisgar o leitor logo de cara, ele irá cair no esquecimento ou ser altamente criticado por ser uma história "tábua rasa".

Então, dentre tantas ideias, é necessário arranjar um meio de dar "vida" para toda a trama que elaboramos, além de fazer falas com alto impacto e bem distríbuidas e dar a emoção para o enredo todo, de um modo que 
não vá ficar exagerado e que vai prender o leitor do início ao fim.


Isso é um trabalho e tanto, independente do nível de experiência do escritor. Mas usar algumas técnicas de dramaturgia podem ajudar a tornar seu livro uma história que deixará o leitor de queixo caído. Quer saber como? Então confere o post que irei compartilhar essa dica que vale ouro com você!

Lo Spettacolo: A relação da dramaturgia e um livro de sucesso:

Quando nos deparamos com alguns livros de autores não tão conhecidos e vemos que a história tem um enredo interessante, nos perguntamos: o que em outros livros com enredos mais pobres tem que este livro não tem? As respostas podem ser variadas, mas uma das mais plausíveis é a seguinte: o autor do livro de sucesso soube trabalhar a trama de um jeito que fisgou o leitor de um jeito que o outro menos conhecido não fez.



Essa capacidade de fisgar o leitor logo de cara é resultado de uma técnica muito tabalhada por roteiristas de treatro: a Questão Dramática. 


A Questão Dramática não é nada mais do que os conflitos que seus personagens irão passar ao longo da história, sejam eles externos ou internos, e se conseguir um jeito de casar os dois, melhor ainda, pois não será um personagem que ficará filosofando sobre suas dores por nada, outra coisa que é péssima para ter em seu livro.

É por causa desse recurso que grandes escritores como Shakespeare, Ghoete, Oscar Wilde e Victor Hugo conseguiram ser aclamados através do tempo e conseguem emocionar uma legião de leitores, além de autores de best-sellers como Ken Follet, J.K.Rowling, Jojo Moyes, dentre outros. Se pegarmos para analisar o enredo central de Romeu e Julieta, não passa de um jovem casal que se apaixonam e vivem um amor impossível pela rivalidade de suas famílias.

Porém, o que potencializa esse enredo? A questão dramática e o jeito como Shakespeare a tabalha. Ele consegue dar uma dimensão humana para todos os personagens da peça, trabalhando os sentimentos deles conforme aquele amor impossível vai se desenvolvendo, culminando no fim trágico. Isso também ocorre com Wheter de Ghoete, Salomé de Oscar Wilde e Jean Valjean de Os Miseráveis.

Existem outros recursos que também ajudam a potencializar a questão dramática e amenizá-la quando necessário para que não fique algo cansativo, que irei citar logo a seguir.

Recursos do teatro, que aliados a questão dramática, podem potencializar seu livro:

Existem vários outros recursos que eu poderia citar aqui, porém como preciso ser o mais breve o possível com o post, vou citar os que eu mais gosto de usar. Para descobrir outros, será interessante que você faça um curso de dramaturgia.
E eis aqui os recursos que mais gosto de usar:


Deixe as emoções dos personagens claras em suas falas e ações: Como bem sabemos, personagens não são apenas bonecos na mão de um escritor, são pessoas que possuem vida dentro da história, por isso procure dar o máximo de dinâmica e emoção para ele. Use de recursos linguísticos como adjetivos, pronomes e substantivos para criar o efeito da emoção.

Procure aliar o cenário com a cena: Como no teatro, um livro é cheio de cenários onde as cenas ocorrem. Use-os de acordo com o que a cena pede. Exemplo: uma cena romântica ficaria muito melhor em um belo jardim do que em um bosque sombrio.

Quando for necessário, dê uma pausa cômica: Quando o livro possui muito drama, o leitor pode acabar enjoando e abandonando a leitura, por isso a pausa cômica é necessária, pois nela acontecerá alguma cena (as vezes engraçada ou não) que quebrará o marasmo depois de tantos momentos de tensão e tristeza, por isso crie um personagem que aparecerá com mais frequencia nessas cenas de pausa cômica. No caso do meu livro que pretendo publicar ano que vem, Adastreia, a pausa cômica é o personagem Sebastian, primo da principal.

Crie situações que causarão conflito interno no persoagem: Como na vida, os personagens podem passar por situações que podem gerar uma mudança que causará um conflito interno, essa pode ser a morte de um ente querido, um amor não correspondido ou um divórcio. Trabalhe esse conflito interno de um modo que fique plausível com a realidade e não filosófico demais.

E o principal, trabalhe a melhor e a pior caracteristica de cada um de seus personagens para surpreender seu leitor: Todos nós sabemos que como na vida real, personagens tem suas características fortes, sejam elas boas ou ruins. Por isso, use isso como uma caixinha de surpresas para seu leitor, mostrando até onde seu personagem é capaz de ir por algo que ama.

Concluíndo:
Trabalhar a Questão Dramática de uma história é algo que demanda muito trabalho, mas que se usado corretamente, pode ser algo que deixará seu leitor com o queixo caído. Mesmo que seu enredo seja simples e o livro fique curto, o que vai importar no final de verdade vai ser a sua capacidade de marcar o leitor e emocioná-lo com a sua história, tendo uma essência que pode ser até poética de tão bela que é.

Como um espectador de um teatro, o leitor quer se emocionar, quer rir, chorar, sentir raiva e encantamento com o que vê. E você, como o diretor da peça, tem o dever de dar isso a seu público. Faça de cada virada de página de seu livro um verdadeiro abrir de cortinas que causa arrepios.

4 comments:

  1. Apenas verdades! Muito interessante e esclarecedor. Poderia fazer um sobre antagonistas, pois é um tipo de personagem que sempre chama atenção na história, mas nem todos os autores sabem trabalha-lo tão bem quanto o protagonista.

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  2. Adorei seu post! A comparação é muito válida e o último parágrafo definiu perfeitamente. Me inspirou. Parabéns!

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  3. Adorei seu post! A comparação é muito válida e o último parágrafo definiu perfeitamente. Me inspirou. Parabéns!

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