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CRÍTICA - SEM EXAGERAR E FEITA NA MEDIDA CERTA



Boa segunda-feira, seus demônios!
Espero que vocês estejam frequentando a igreja, confessando uma vez por ano, não roubando, não matando e não cobiçando a mulher do próximo. Mas se estiverem fazendo isso podem continuar porque eu não ligo.
Sexta-feira passada, 23 de setembro de 2016, a Fox lançou sua nova série de terror: The Exorcist. Conhece esse nome? Aposto que sim. Ela é baseada no filme homônimo que fez você ir dormir com a sua mãe depois de assistir. Nessa espécie de continuação, porém, acompanhamos a família Rance, cujos membros são da paroquia do jovem e progressivo Padre Tomás. À primeira vista, formam uma normal e suburbana família, mas nem tudo são flores na casa deles. A mãe Angela (Geena Davis) acredita que existe algo na casa, uma presença demoníaca, se fortalecendo a cada dia. Desesperada, ela implora por ajuda ao Padre Tomás, que nem tão desesperado assim pede ajuda ao Padre Marcus.
Logo de cara já dá para perceber o cuidado que tiveram com a série. A fotografia é impecável, as cenas variam de algo meio cinzento para um azul macabro, e dificilmente vemos outra cor que fuja desses matizes. É algo inteligente de se fazer, assim eles criam um tom e uma atmosfera para a série.
O diretor do piloto Rupert Wyatt (Planeta dos Macacos: A Origem) também se sai bem no primeiro episódio, a forma como ele guia a câmera, seja pela rua ou por um corredor, dá a série uma visão mais cinematográfica, diferente do que se está acostumado a ver na TV. Claro que escolheram um ano complicado para começarem esse projeto, visto que temos outras séries com temas bem semelhantes como Preacher e Outcast – essa última também é dá Fox.  



O grande destaque da série fica para Alfonso Herrera (Y soy rebeldeeee! Cuando no sigo a los demás) que interpreta o Padre Tomás. Ele guia o personagem muito bem apesar de não o terem escrito com muito cuidado. Estamos falando de um padre que em alguns momentos não fala como um, talvez queiram dar ênfase as dúvidas que Tomás tem sobre ter se tornado um padre. Tem também Geena Davis, que não passa batida, mas também não se destaca. Ela está lá, nós sabemos, mas a atuação não chama a atenção. 
A série procura mostrar um lado menos religioso da Igreja, nada muito santificado. Padre Marcus, na Cidade do México por exemplo, se mostra mais perto de um Escobar do que de um Papa Francisco (sentiram a semelhança com Preacher?). Esses são apenas detalhes que constroem o personagem. 
Algumas situações em The Exorcist são vistas de um ângulo não tão bonito. De propósito, óbvio, coisas corriqueiras se mostram irritantes na série. Uma velha tocando o órgão na igreja: bonito. Uma velha senhora tocando o órgão enquanto a igreja é reformada: caos. Um jantar em família com o padre: bonito. Um jantar em família com o padre onde a filha insiste em servir uma torta de climão: caos.  
A trilha sonora foi o que se mostrou ser a mais fraca em toda a série. Não que se seja ruim, mas simplesmente não funciona com exceção a alguns momentos. Claro que a tão famosa música não poderia ficar de fora, essa sim funciona. E logo no final do piloto, quando eu pensei que os roteiristas não haviam caprichado tanto no episódio.
Temos uma revelação um tanto bombástica que me animou a continuar assistindo. E aquela metáfora entre demônios e ratos, aquela frase de duplo sentindo dita por uma personagem... Aquilo foi brilhante.

No fim, The Exorcist mostra para o quê veio. Sem exagerar e feita na medida certa, a série tem um potencial enorme para ganhar seu lugar no meio das que tratam de temas semelhantes. 


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