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Uma Carta De Amor Aos Fãs



 

Star Treck reina absoluta como a maior franquia do cinema, junto com 007 e Star Wars, já são seis series de TV com mais uma em produção que deverá estrear em 2017, e doze longas para o cinema. A serie clássica de 1966 não durou mais do que três temporadas por motivos de audiência, mas o forte impacto deixado nos fãs a tornaria uma das grandes influencias na cultura pop do século XX. Em 1979 era levado aos cinemas o primeiro longa da franquia, Star Treck e dai não parou mais.
No próximo dia 8 de setembro a série completa cinquenta anos e o novo filme da franquia poderia ser visto como uma carta de amor aos fãs da serie. O filme de 2009 dirigido por J. J. Abrams apesar ter agradado os fãs tinha um tom mais pesado e dramático, mesmo porque o diretor tomou a liberdade de criar uma linha alternativa de tempo mudando a realidade estabelecida pela serie. Já o segundo filme Star Treck Além Da Escuridão de 2013 trazia de volta um dos maiores inimigos que a tripulação da Enterprise já enfrentou, o filme trazia muitas referencias, mesmo que soltas da serie original, o resultado foi um bom filme que estabeleceria melhor os personagens nessa nova realidade.
Hoje chega aos cinemas o decimo segundo filme da franquia e parece dessa vez que o tom despretensioso e quase familiar que era bem marcante na serie original foi acertado pelo diretor Justin Lin, ele foi o responsável por renovar outra serie bem sucedida do cinema que é Velozes E Furiosos, por tanto um diretor que sabe dirigir cenas de ação continua e muito orgânicas. E a ação do filme funciona muito bem, ela em nenhum momento é gratuita, ela faz parte da trama, são cenas muito bem montadas que permitem ao espectador entender o que está acontecendo. Tecnicamente, os efeitos especiais (CGI) são muito bem elaborados, há uma profundidade muito bem feita nas construções de mundo.
A trama é a mais leve da trilogia Desta vez, Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e a tripulação da Enterprise  são emboscados após receberem um pedido de socorro que acaba os ligando ao maléfico vilão Krall (Idris Elba), um rebelde malvadão com uma misteriosa motivação que só será revelada no final da trama. A Enterprise é atacada, e eles acabam em um planeta desconhecido, onde o grupo acaba sendo dividido em duplas. A trama apesar de simples funciona muito bem, existem outros elementos que deixam o filme mais interessante, como a relação entre os personagens e como o humor é extraído de cada dupla em cena. Chris Pine (Kirk) e Karl Urban (Dr McCoy) Parecem estar agora mais soltos em seus papeis e isso é ainda melhor para o desenrolar da dinâmica dos personagens. Existem algumas homenagens póstumas a Leonard Nimoy que interpretou o Spock da serie original e ao jovem ator Anton Yelchin (Pavel Checkov) morto prematuramente aos 27 anos num acidente domestico.
Star Trek Beyond é o filme mais reverencial da trilogia, também é o mais familiar mais bem humorado e o mais próximo da serie clássica. O enredo é simples e às vezes se preocupa demais em explicar a ciência por traz da aventura, mesmo assim é o tipo de filme que eleva  a nossa nostalgia de uma das maiores aventuras já imaginadas pelo homem. Vida longa e prospera a Star Treck e a todos os seus fãs. Muito bom.

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