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O Fazedor de Velhos – Rodrigo Lacerda


Existem livros certos para os momentos certos, e mais ainda, para as pessoas certas. Destino? Talvez. O que me aconteceu foi ter encontrado esse livro quando precisei. Existem muitas destas obra que coincidem com minha vida e com os meus anseios.
Pedro é um jovem rapaz que foi criado por pais apaixonados por literatura, então logo novinho tem o poema Juca Pirama como favorito, além de adorar Eça de Queiros. Depois de terminar seu ensino médio decide cursar história, mas logo começa a perceber que não tem certeza se é esse o rumo que quer traçar em sua vida, desanimado ele encontra sem querer com seu antigo professor de história que lhe recomenda falar com o tão famoso historiador e professor Nabuco, homem excêntrico que parece fazer o que quer quando quer. Juntos começam a pesquisar sobre a “natureza humana” a partir do clássico de Shakespeare, O Rei Lear.
Vamos para os pontos positivos da obra:
1º para quem me acompanha, resenhei um livro que fala sobre a imigração japonesa (Nihonjin- Oscar Nakasato), e comentei que a comunidade de descendentes de japoneses possuem muito pouco espaço e representatividade, bem, esta é a segunda história nacional que leio, que possui um personagem com fenótipo oriental no Brasil, com participação muito efetiva e sem ser estereotipada!
2º Também já comentei o quanto é maravilhoso encontrarmos livros que falem justamente de livros! ( A Vida do Livreiro A.J. Fikry- Gabrille Zevin)
3º Como já disse no início dessa resenha, existem livros certos, para os momentos certos e para as pessoas certas, e coincidentemente eu também estudo história e também estava passando pelas as mesmas indagações que o protagonista, e a resposta que Nabuco lhe entrega pareceu ser dada para mim!
Agora vamos para os pontos negativos:
1º A história é muito, muito curta, tendo o livro cerca de 136 páginas, ou seja, poderia ter sido a trama muito mais desenvolvida.
2º Os personagens, principalmente o excêntrico do Nabuco, poderiam ter sido melhor desenvolvidos também, assim como a relação que Pedro tem com os pais e a irmã.
3º Esses fatores fizeram com que a história parecesse ocorrer de maneira muito rápida.
Em si a premissa do livro é boa, tem cara de livro de formação, de descobrimento de si. Fala de primeiras paixões, da tentativa de querer compreender a natureza humana, da literatura e da arte de escrever. Além de ter aparecido em minha vida quando precisei.
Mesmo com as minha ressalvas meio negativas, recomendo essa obra, e deixo uma pequena questão que é trazida pelo o autor, será a literatura capaz de nos envelhecer?

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