[RESENHA] NÃO CONTE A NINGUÉM - UM LIVRO DE HARLAN COBEN QUE VOCÊ PRECISA LER
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| Convenhamos que essa capa é linda! |
Com certeza gostei mais desse livro do que de Confie Em Mim, embora a abordagem do autor seja semelhante em ambos os casos. Não sei se me acostumei com a técnica de Coben ou se esse livro é melhor mesmo, tirem suas próprias conclusões, o que garanto é que certamente é uma obra muito bem estruturada e extremamente envolvente.
David Beck e Elizabeth se conheceram aos 7 anos de idade e a partir daí o sentimento entre eles só se fortaleceu. Durante a infância costumavam brincar no Lago Charmaine, propriedade da família de Beck, que um dia fora uma colônia de férias. Foi ali, próximo a uma árvore, que aos 12 anos de idade eles deram o primeiro beijo. Na árvore entalharam suas iniciais envoltas de um coração e abaixo uma pequena barra. Desde então passaram a visitar o local todos os anos marcando uma nova barrinha a cada aniversário do beijo.
Naquela noite, aos sete meses de casados, eles entalharam 13º barra, mas havia algo que incomodava Beck.
“Talvez fosse parte do mistério, acredito, mas pela primeira vez pude sentir o abismo entre nós. Nosso relacionamento havia resistido a muitas barreiras. Eu me perguntava se ele conseguiria sobreviver à verdade. Ou melhor, às mentiras não contadas.”
Beck tinha um segredo e naquela noite decide revelá-lo a Elizabeth, mas antes que ele conseguisse fazê-lo, ambos são surpreendidos em um terrível ataque que deixa Beck inconsciente no lago, Elizabeth é sequestrada e seu corpo é encontrado cinco dias depois marcada como as outras vítimas do serial killer KillRoy. Mas não se engane, nada é exatamente como parece ser, desconfie de tudo e de todos quando estiver lendo Harlan. Oito anos depois o Dr. Beck, que nunca superou a morte de Elizabeth, recebe um e-mail anônimo que traz a possibilidade de sua esposa ainda estar viva. Mas como poderia ser?
Simultaneamente a essa impactante novidade, policiais encontram dois corpos, próximo ao Lago Charmaine, que aparentemente estavam soterrados há anos. Junto a um dos corpos, havia uma chave que levava a um cofre registrado em nome de Sarah Goodhart. Nome que com certeza significava muito para Beck.
No cofre foram encontradas pistas capazes de incriminar Beck. Dessa forma o caso da morte de Elizabeth é reaberto. Enquanto a polícia investiga Beck, ele segue os últimos passos de sua esposa à procura da verdade. E essa sua busca o deixa em maus lençóis. As circunstâncias só o fazem parecer mais suspeito, consequentemente é dado como foragido pela polícia. E quem o ajuda, e muito, nessa enrascada é alguém que ele jamais imaginaria que um dia pudesse precisar.
E completando o quadro de personagens empolgantes, olha quem aparece para ser advogada do Dr. Beck: Hester Crimstein! Quem leu Confie em Mim, sabe o poder dessa figura.
A trama, ora narrada em primeira pessoa por Beck, ora narrada em terceira pessoa, é inebriante da primeira à última palavra. Quando você começa a ler, não tem noção dos inúmeros acontecimentos que preenchem o livro. Harlan se apodera dos detalhes como meio de “manipulação”, assim ficamos, durante todo o enredo, esperando pelo momento em que tudo será revelado.
Os detalhes são a chave de um bom suspense policial, e Harlan parece já ter descoberto isso. Comecei a ler esse livro meses atrás e por algum motivo parei. Quando retomei a leitura, não esperava muito da história, mas acabei me arrependendo de não tê-lo continuado na primeira vez. Realmente, para mim, não deixou nada a desejar. Pela primeira vez em minha vida senti vontade de reler um livro.
Para não parecer que estou que estou sendo muito boazinha, concluo dizendo que a diagramação não é das melhores (mas a narrativa compensa).
“O fato de você não conseguir ver nenhuma outra explicação não significa que ela não exista. Significa apenas que você não consegue enxergá-la.”
BOA LEITURA E ATÉ A PRÓXIMA!
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