Resenha - Uma Canção para Jack
Uma Canção para Jack – Celia Bryce
Preço: 18,90 até 35,90
Editora: V&R Editoras
Sinopse: Uma Canção para Jack narra a relação entre Megan e Jack, dois adolescentes que se conhecem no hospital onde estão fazendo um tratamento contra o câncer. Megan não consegue compreender, a princípio, que está doente. Nem mesmo sente assim, pelo menos antes do início da quimioterapia. Ela é uma menina de 13 anos que foi recentemente diagnosticada com câncer. Na ala infantil, Megan fica furiosa com todas as crianças gritando, as decorações coloridas e os blocos de construção que a cercam. É durante o seu primeiro dia lá, que Megan conhece Jackson Dawes, um garoto que encara a vida com bom humor. Jack entra na vida de Megan e os dois criam um vínculo que ajuda a menina a ver a sua vida a partir de uma nova perspectiva. Nessa zona nebulosa entre amigos, começa a surgir algo mais.
O livro parece muito simples, ao início,contando toda a experiência de ter câncer, e estar internada em um hospital cheio de crianças, sobre a visão de Megan. Tudo o que Megan parece ter é Jack, que é um garoto que também vive no hospital, e que enche o local de alegria.
O que podemos ver, ao desenrolar a leitura, é que, no fundo, não é sobre isso que o livro quer falar. A história quer contar sobre como é uma garota que não sabe o que vai ser sobre o futuro dela, se aproximar de um outro garoto, nessa mesma situação, e perceber o quanto isso se torna algo tão importante naquele momento.
– E aí, Megan Bright – Jack tinha lido o nome dela na porta –, já está com saudade de casa?– Não.
Ao mesmo tempo em que o livro é triste, ele também te leva a risadas, com todo o humor de Jack aparecendo em momentos estratégicos. Outros personagens, que aparecem enquanto tudo vai acontecendo, também são exremamente importantes, como Kripper, e as enfermeiras Siobhan e Brewster, e são responsáveis por muitas cenas importantes.
Kripper, uma garotinha que também vive no hospital, consegue ser a personagem mais apaixonante de todas; mesmo que o romance nos instigue, ao ler, você fica esperando que a menina apareça só mais um pouco. Além disso, o avô - de 95 anos! - de Megan é o maior amorzinho; o melhor vovô de todos os tempos.
– Este é o nome verdadeiro dela? Kipper?Mais uma pausa.– Não, mas ela pede para ser chamada assim desde que ficou doente. Não me pergunte por quê. Não tenho permissão pra contar o nome verdadeiro dela a ninguém.
Pessoalmente, achei que a idade da personagem, no início, não fazia muito sentido, e fiquei tentando entender porque não colocaram uma menina mais jovem, se a história era sobre um romance; mas, com o passar das páginas, ficou muito claro que a idade dela é fundamental para a história: a visão de vida de uma pessoa de 13 anos é muito diferente de uma de 16, por exemplo, mais ingênua. Isso torna tudo mais leve em determinados momentos – tanto quanto é possível.
Ainda não consegui superar essa história, com um fim tão emocionante, e lindo; mesmo que eu não consiga entender a atitude dos pais de Megan em relação à doença dela e à passagem dela pelo hospital.
Nota: 4,0/5,0
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