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A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell-Filme 2017




Em um mundo pós-2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.

Ghost in the Shella obra máxima de Masamune Shirow foi profundamente influenciado pela cultura cyberpunk dos romances de William Gibson e Philip K. Dick, A distopia de propaganda corporativa descrita por ele no mangá de 1989 e em 1995 viraria filme, logo se tornaria um dos mais importantes produtos da cultura pop japonesa, com referencias de filmes como Blade Runner  1983 e Robocop 1987, Ghost In The Shell influenciaria anos mais tarde outro marco da ficção cientifica, Matrix 1999 que por sua vez definiria conceitualmante todo o futuro dos filmes de ficção/ação do século seguinte.  
  
Transpor todo o universo caótico e distópico de Ghost In the Shell poderia ser uma tarefa penosa para um diretor qualquer, e apesar de ser um diretor um tanto inexperiente Rupert Sanders até que se sai bem, sua concepção de mundo do futuro é bem desenvolvida, há um excelente senso de lirismo e um competente e bonito designer de produção. O filme segue quase que fielmente o anime de 95, e tenta de alguma forma ampliar sua mitologia, mas é só e apenas isso. Todos os conceitos visuais e estéticos da obra de Shirow está no filme, contudo sua essência filosófica e profundidade subjacente é tratada de forma superficial e de fácil digestão, claro que em se tratando de  blockbuster todos os espectadores precisam ser alcançados e Hollywood tem que faturar, mas os fãs mais puristas foram lembrados, há uma boa dose de referencias e reverencias ao material original, há cenas copiadas de forma quase literal.     

Ghost in the Shello filme, não será um marco na história do cinema, como foi sua fonte original, mas há muito de outros filmes do gênero aqui, além de uma forte influencia dos filmes noir dos anos 30, trata-se de um filme bonito e muito bem acabado, quanto ao seu roteiro e sua direção de atores o longa deixa muito a desejar, no entanto assisti-lo não chega a ser um experiência das piores, como filme ele funciona, mesmo que você não tenha visto o original de 95. Bom.    


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