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A Cabana - Filme 2017





Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.
 
O livro A Cabana de William P. Young lançado em 2007 se tornou um dos grandes best-sellers mundiais, sua história e seu contexto simples sobre perda, culpa e perdão pode até não ser devidamente explorado como em obras mais cínicas ou mais carregadas, é claro que estamos falando de uma obra direcionado ao publico cristão, aqui o drama do pai que perde sua filha caçula de forma trágica é tratada de forma quase que complacente e que beira o melodramático, mas tem sim toda a filosofia e questões teológicas respondidas, criticas ao livro a parte, o filme A Cabana dirigido por Stuart Hazeldine parece não querer ousar ou pelo menos não expandir todas as questões humanas tratadas no livro, aqui tudo é construído de forma bem literal e sem qualquer imaginação. Vale porem salientar que tanto o livro como o filme tem seu publico alvo já determinado, mas em se tratando de uma obra cinematográfica o filme possui erros gritantes em sua narrativa e em seus arcos dramáticos. 

A primeira vista o filme parece ter uma boa fotografia, mesmo que usual e sem grandes recursos, há muitas cores e um certo clima de pureza no ar, os Phillips são mostrados como uma família bonita, feliz e saudável, esse clima de pureza visual se perdura no filme mesmo quando a tragédia se instala na narrativa, não há recursos subjacentes como uma luz mais escura, ou filtros mais cinzas ou ainda alguma musica que remeta ao peso do drama familiar mostrado, além do que a interpretação de Sam Worthington não ajuda em nada a nos convencer do que o filme quer nos mostrar. No segundo ato as coisas até parecem melhorar, mesmo com a historia empacando em muitos momentos, há um clima de busca e um certo mistério, mas os diálogos e a falta de coerência narrativa não deixa a  história fluir, ganhar peso dramático. Talvez a melhor coisa do filme seja a presença de Octavia Spencer, sua interpretação é leve e bem humorada, isso ajuda a trazer algum brilho para o filme. 

A Cabana não chega a ser um filme desastroso, ele lembra bastante aqueles filmes da sessão da tarde que mostravam o drama de famílias atingidas por tragédias, onde o mérito da história estava na busca pela superação, claro que esses filmes não eram perfeitos, mesmo assim eles cumpriam bem o seu objetivo, e esse talvez seja  o mérito de A Cabana mostrar que apesar de todas as agruras e infortúnios da vida Deus estará lá a nossa espera numa cabana quentinha e confortável no meio da paisagem gelada.      

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