Vida- Filme 2017

Seis astronautas de diferentes nacionalidades estão em uma estação espacial, cujo objetivo maior é estudar amostras coletadas no solo de Marte por um satélite. Dentre elas está um ser unicelular, despertado por Hugh Derry (Ariyon Bakare) através dos equipamentos da própria estação espacial. Tal descoberta é intensamente celebrada por ser a primeira forma de vida encontrada fora da Terra, sendo que um concurso mundial elege seu nome: Calvin. Só que, surpreendentemente, este ser se desenvolve de forma bastante rápida, ganhando novas células e uma capacidade inimaginável.

De vez em quando Hollywood aposta na amnésia do publico e recicla velhas formulas que deram certo no passado, não chega a ser exatamente um erro desde que seja bem feito, tenha um bom roteiro e caia nas mão certas, no caso aqui caiu nas mãos do sueco  Daniel Espinosa que até certo ponto faz um excelente trabalho de composição de cena, seu jogo de câmara é extremamente elegante e virtuoso, há uma prova disso logo na sequencia de abertura, a construção de cena é espetacular e visualmente impecável. Logo que somos apresentados aos personagens, somos logo lançados no dilema da trama, o ritmo é muito bem construído no primeiro ato e tudo parecer funcionar, apesar de algumas derivações de outros filmes do gênero, o filme sobrevive bem mesmo com algumas conveniências e diálogos expositivos do roteiro, há uma tensão crescente e até um terror explicito que torna o filme interessante e até certo ponto inventivo. Porem tudo que deveria e parecia bom nos atos anteriores se tornam um aglomerado de ideias banais e preguiçosas, a direção toma caminhos mais prosaicos possíveis e tudo caminha para um lugar que todos ou pelo menos a maioria já sabem.  

 

 Mesmo com talentos como Jake Gyllenhaal,Ryan Reynolds,Rebecca Ferguson, não há grandes atuações, todos estão extremamente equilibrados aqui, como também não existe um personagem chave, todos tem o mesmo peso dramático, até determinado ponto isso parece bom.

Dadas a devidas proporções Vida é um filme divertido, bem executado e até certo ponto eletrizante, mesmo copiando velhas formulas ele funciona bem nas duas primeiras metades iniciais, ele até poderia ser uma obra mais interessante caso você não tenha assistido ao clássico Alien - O Oitavo Passageiro de 1979.