Filosofia e política: análise do Brasil contemporâneo (INTRODUÇÃO)
O paciente permanece convicto de que está são, mas os exames mostram o contrário. É preciso apresentar a ele o diagnóstico da enfermidade... Para bem entendermos a situação em que se encontra o nosso querido Brasil, é necessário realizarmos o movimento típico de Castro Alves, em sua poesia, é preciso pairar por cima do problema e vermos além do alcance vulgar e inerente aos olhos mais ordinários.
Ao longo dos últimos 60 anos, consolidou-se, em solo auri-verde, uma estrutura de perversão moral e cultural que fincou raízes no substrato governamental e educacional brasileiro. Tal estrutura denomina-se "marxismo cultural". Baseado na inepta visão, proposta por Antonio Gramsci e Gyorgy Luckács, de destruição dos três pilares que sustentam o ocidente, (Fé Judaico-Cristã, sobretudo a fé católica, Direito Romano e Filosofia Grega) o marxismo cultural tomou como meios de ação as universidades, a mídia impressa e televisiva e a esfera legislativa do Brasil. Ao contrário do que, comummente se pensa, a nova esquadra do pensamento comunista deixou de pautar-se na visão materialista e assumiu a esfera psicológica e cultural como forma de engenharia social.
Desde as primeiras reuniões de intelectuais -tais quais aquelas lideradas por Luís Carlos Prestes- até o presente momento, um panorama geral das ações dos futuros adversários (cristãos conservadores, pensadores da direita e filósofos tradicionais) foi traçado e a pequena elite psicopática, gradualmente, foi assumindo as rédeas das consciências individuais. Somada à estética de pensamento positivista, que exalta o futuro, renega o passado e cultua o progresso, a nova "religião" ideológica ocasionou cinco graves consequências:
- o completo abandono da tradição, da religiosidade e do pensamento filosófico, em detrimento da crença de um relativismo moral e cultual, associado à idéia da liberdade para o mal, já que, ao ver (neo)comunista, não existe verdade e, por conseguinte, o mau e o bem são,apenas, meras ideologias;
- a adoção da corrupção geral como metodologia de manutenção do poder, seguindo, fielmente, a doutrina maquiavélica;
- a banalização do sexo e o incentivo à perversão psicológica como forma de manipular e garantir a militância das consciências individuais;
- a aliança entre outros países, com o objetivo de consolidar uma elite globalista, liderada pelas potências marxistas tradicionais (Rússia, China, entre outras)
- o desconhecimento individual e coletivo da estrutura supra-governamental que rege e manipula os movimentos políticos e sociais dos civis, ocasionando um modo tortuoso de interpretação da realidade..
Embora pouco se fale em Antonio Gramsci, o pensamento comum que permeia a observação do brasileiro da estrutura ontológica do homem e da realidade é, inconscientemente, imerso nas premissas da perversa "Revolução Cultural". O casamento entre a psicanálise de Freud, a (des)filosofia de Nietzsche e o socialismo marxista (aos moldes gramscianos) acarretou uma profunda crise de identidade dos indivíduos e da coletividade, o que, em proporções maiores, potencializou o suicídio, a marginalidade, a meretrização e o ateísmo prático (derivado do ateísmo tradicional, que configura-se como uma estratégia marxista perversa de engenharia social. Prova disso é que, muitas vezes, os líderes e pensadores neocomunistas não são, em seu interior, ateus, no sentido cético da palavra, mas imprimem uma luta cega contra a fé Cristã e contra a Igreja Católica, especificamente, uma vez que o marxismo é, essencialmente a negação de autoridade.
Um simples caso de Impeachment, portanto, é a ponta de um portentoso e profundíssimo iceberg. O fato é que, de alguma forma, a população intui a conjuntura imoral e corrupta que rege o país. O problema é que não há uma resistência organizada e com parâmetros traçados. A ausência de líderes, isto é, pessoas que analisem, pensem e compreendam os fenômenos globais, faz com que a massa popular permaneça dispersa pelo oceano do caos e, por conseguinte, produza, apenas, barulhos em manifestações, que servem para os psicopatas atualizarem o perfil psicológico e de ação dos opositores).
Se, por um lado, a situação parece ser terrivelmente impossível de ser revertida, por outro, a solução é bastante simples, porém trabalhosa. É preciso haver a reocupação dos espaços perdidos, anteriormente. A fortificação da religião Cristã, a ocupação de redações de jornais e revistas, a união de intelectuais tradicionais e a realização do esboço situacional brasileiro e mundial são, apenas, o começo de um longo processo de mudanças. A mobilização popular mostrou-se ser uma forma eficiente de combate, no entanto, carece de um objetivo central e de uma organização efetiva.
Independentemente da questão partidária, a conjuntura supra-nacional que norteia o curso das ações permanece a mesma. A troca de governantes é, simplesmente, uma troca de agentes por outros que façam melhor o papel a que foram designados. A mídia televisiva constitui-se como um serviço de desinformação e de manipulação do inconsciente. O espaço escolar/universitário é o grande templo em que são cultuados os ídolos Marx, Nietzsche, Freud, Gramsci, Adorno e Rorkheimer...
Por meio dessa brevíssima introdução, iniciamos nosso novo e sistemático projeto de análise e compreensão do Brasil e do mundo que , visualizando os agentes, pensadores, psicopáticos e meios de ação, tem como principal objetivo o diagnóstico da doença, o tratamento do paciente e o combate ao antígeno para o alcance da cura. Nos próximos dias, falaremos sobre a origem do Marxismo Cultural, sobre como ele se configura, apontaremos a realidade obscura de Karl Marx e explicaremos como esse processo iniciou-se no Brasil e como ele foi instalando-se em diversos países, nos EUA, por exemplo. Analisaremos as atas de partidos, obras de intelectuais e demonstraremos como o sistema partidário atual encaixa-se nesse projeto globalista de engenharia social e degeneração das consciências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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