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A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares




 

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children ou A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares é uma adaptação americana de aventura e fantasia, baseada no livro homônimo de Ransom Riggs. Com roteiro de Jane Goldman e direção de Tim Burton. O filme narra a história de Jacob que depois da misteriosa morte do seu avô viaja para uma ilha galesa e encontra um orfanato abandonado. Lá, o mistério e o perigo se aprofundam quando ele começa a conhecer o local e os seus moradores: crianças com poderes especiais conhecidas como peculiares e a Senhorita Peregrine, uma peculiar que comanda o orfanato e cuida dos jovens. Jacob também conhece os inimigos poderosos de seus novos amigos, e, em última análise, descobre que apenas a sua própria peculiaridade especial pode salvá-los.
Tim Burton é um desses diretores com personalidade e estilo próprio, isso pode ser uma faca de dois gumes. Se por um lado ele conseguiu a proeza de deixar sua marca na história do cinema em filmes como Os Fantasmas Se Divertem- 1988, Batman -1989, O Estranho Mundo De Jack -1993 e Edward Mãos de Tesoura-1990, ele também conseguiu a façanha de se tornar um estigma para si mesmo. Fortemente influenciado pelos clássicos filmes de terror da era de ouro de Hollywood e da cultura gótica Tim Burton é sinônimo de filmes esteticamente mórbidos e estranhamente diferentes. Em seu novo filme ele começa a dar ares de cansaço em sua própria estética. Existem muitos elementos em O Lar das Crianças Peculiares, que devem ser apreciados, uma ótima direção de arte, um figurino muito vistoso e uma ou outra cena muito bem feita pelo ponto de vista técnico, mas nada que lembre o talento ou a inventividade que consagrou o diretor. A história a ser contada é muito interessante, mesmo com muitas pontas soltas e personagens mal desenvolvidos, há um excesso de exposição desnecessária que às vezes chega a atrapalhar o andamento do primeiro ato inteiro. Existe um perigo sempre iminente, mas que nunca se concretiza, tornando o longa um pouco enfadonho e muitas vezes sonolento.
 
Toda a dramaticidade dos personagens, como o relacionamento do Jacob com o seu avô ou as histórias das crianças peculiares são quase que totalmente abandonadas ou tratadas tangencialmente, não existe nada que faça o espectador se interessar ou torcer pelas tais crianças, que aqui são tratadas apenas como crianças estranhas com habilidades estranhas, essa falta de profundidade leva diretamente a meras comparações simplistas com X-Man, Harry Potter ou ainda com o desenho A Mansão Foster Para Amigos Imaginários.
Do elenco a melhor coisa é sem duvida a Eva Green, ela consegue estabelecer um vinculo com todo aquele mundo excêntrico, quanto a Samuel L. Jackson seu vilão se resume a um bom visual e algumas piadinhas de mal gosto, mas o pior mesmo é  Asa Butterfield que não acrescenta em nada na trama, apesar de ser o protagonista , sua falta de interpretação chega as vezes a atrapalhar um filme que já não estava tão bom assim.
A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares deveria ser uma alegoria moderna para a auto aceitação, crescimento e descobertas, mas no filme de Tim Burton ele se transforma num mero filminho que vai ser reprisado a exaustão na sessão da tarde. Regular.     

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