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Inferno-Filme 2016






Em 2003 quando Dan Brown lançou o Código Da Vince, havia um certo interesse das  pessoas em tramas envolvendo o fim do mundo e teorias da conspiração, Brown acertou em cheio em explorar grandes mistérios da humanidade, e engenhosamente criar a partir deles tramas envolvendo, irmandades secretas, ordens católicas e até milionários excêntricos interessados no fim dos tempos, sempre é claro envolvendo o especialista em símbolos antigos Robert Langdon. O que o escritor não sabia ou esperava é que a sua formula se tornaria banal e deslocada em menos de quinze anos após seu lançamento.
Inferno é a terceira aventura do simbologista Robert Langdon  (Tom Hanks) chega aos cinemas de certa forma sem o mesmo impacto que seu antecessores, o que parece paradoxal pois essa é sem duvida a melhor adaptação dos livros de Brown, sem falar é claro que a produção está visivelmente melhor e a direção de Ron Howard parece que finalmente achou o timing certo da ação e investigação, numa época em que os super heróis invadiram de forma quase irreversível o mercado cinematográfico, chega a ser um ato de coragem lançar um filme onde o único superpoder do seu protagonista seja o seu vasto conhecimento sobre símbolos antigos. Outra coisa que parece ter melhorado desde o primeiro filme é o talentoso Tom Hanks, sem exagero ele ainda é a melhor coisa do filme e da trilogia.
Embora haja uma clara evolução para melhor nessa terceira sequencia, a trama criada pelo autor quando confrontada num filme, mesmo num filme de aventura/ação parece desgastada e exagerada ao extremo, tudo aqui já foi utilizado e reutilizado ao longo dos dois filmes anteriores, nada soa como novo ou original para essa sequencia o que é sem duvida um desperdício de talento.  Essa é de longe a melhor direção dos três filmes, porem ela sofre com uma trama repetida e sem nenhum sentido de urgencia e um vilão genérico e sem qualquer motivação.
Um bom destaque do filme é as sequencias das alucinações do professor Langdon, há quase  um ar de filmes de horror que dão uma profundidade e uma humanidade a um personagem  ao personagem que até aqui soava como um personagem unidimensional.  Há boas sequencias de ação e investigação na narrativa, e uma excelente construção de simbologias e pistas históricas, mesmo que as vezes pareça haver uma analogia forçada com a obra A Divina Comédia de Dante Alighieri
Inferno é um bom filme, mas não tem brilho por ser uma formula reciclada, é bem dirigido, mas não tem autenticidade, é bem interpretado por seu protagonista, mas tem uma trama, reciclada e genérica. Tom Hanks e sua parceira em cena Felicity Jones tem uma boa química, o que não ocorre com o resto do elenco que é apenas operante
Inferno não chega ser ruim, mas é bastante prejudicado por ser mais do mesmo de seus antecessores, o que sobra é um filme regular. 


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