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Resenha para Contos de Alguns Lugares de Paul Richard Ugo


Estamos no mês das bruxas e para comemorar essa data, farei vários posts de livros de terror. Apesar de ser o gênero que mais gosto, nem sempre é dele que falo que em minhas resenhas e por isso, nesse mês inteiro, darei prioridade ao tema. E seguindo a linha dos meus últimos assuntos e a que mais gosto de prestigiar, selecionei o livro de um autor nacional e que merece esse destaque. Sigo Paul em suas redes sociais e já havia assistido uma entrevista dele, sobre seu livro de estreia em um canal literário. Me interessei quando ele disponibilizou de enviar sua obra para que eu lesse, ainda mais se tratando da temática que eu mais prestigio.

Os lugares onde vivemos são os verdadeiros personagens. Assim começa a sinopse do livro de Paul Richard Ugo, que com vinte e dois contos de alguns lugares, lacra uma edição que todos que gostam de terror, devem ler. Como diz a própria sinopse, a morte e o sobrenatural são tratados de maneira diferentes do que se costuma ver em outros contos. Ele usa elementos que não são tão conhecidos aqui no Brasil, mas que tratam de lendas regionais de “alguns lugares” como EUA, Portugal e Inglaterra.

Para quem já leu O Cemitério de Stephen King, que aliás, terá uma resenha para esse mês das bruxas, mais precisamente dia 20/10, já ouviu falar da lenda do Wendigo, que Paul trás em um dos contos que mais gostei em seu livro chamado O Décimo Terceiro. Ele trata da história de um rapaz, vindo de uma família de lenhadores, sendo o décimo terceiro a nascer, que perde sua mãe em seu nascimento e seu pai aos treze anos. O único em sua linhagem, que teve oportunidade de estudar, espera ansioso pelo dia que sairia da casa que mora com os irmãos e parentes.

Algumas outras histórias, tratam de temas que acabam se interligando em suas tramas, remetendo ao leitor a boa qualidade da escrita do autor, que brinca com personagens que aparecem como centro de algumas histórias e depois como coadjuvante em outras, mas sempre com muita coerência. Sem exceção, todos os vinte e dois contos, são muito interessantes e prendem o leitor do início ao fim.
Outro conto intrigante, chama-se O Gato, que me atrevo a dizer que brinca com uma antiga superstição que temos sobre gatos pretos, em um enredo sagaz e até sensual, que se passa com um professor universitário. Madeleine, apesar de apavorante, tem seus pontos cômicos e como todos os outros, apresenta um final surpreendente.

O meu predileto, mas não melhor do que os outros, que deu até um nó em minha cabeça, chama-se As Vidas de Charles. Paul disserta sobre um dono de um antiquário chamado Charles, que infeliz em sua vida conjugal, nutre uma paixão por uma funcionária de um restaurante que fica defronte a seu estabelecimento comercial. Ele tem um empregado que passou por várias gerações de sua família, que o vê como um benfeitor e faz de tudo para vê-lo feliz. Durante a noite, Charles tem sonhos com outra vida, em que ele é um famoso ator de cinema e tem um amor secreto por outra atriz, com o qual ele vê a possibilidade de ser correspondido.

Recomendo para todos que gostam da temática de terror e sobrenatural, que leiam Contos de Alguns Lugares de Paul Richard Ugo, por tratar-se de uma coletânea muito bem redigida e editada, com enredo intrigante e que prende do início ao fim, além de ser uma ótima oportunidade de prestigiar o bom trabalho de um autor nacional e com muita criatividade.


Um pouco sobre Alessandro Bortoleto Rodrigues:



Bacharel em Desenho Industrial, com habilitação em projeto do produto e pós-graduado em Gerenciamento da Qualidade, possui um livro de ficção pós-apocalíptico lançado pela Chiado Editora, chamado O Terror Depois de Tudo, que em breve estará em todas as livrarias do Brasil e Portugal.


Sigam Alessandro em suas redes sociais:

Twitter: @alebortoleto

             @oterrordepois



                 https://www.facebook.com/Oterrordepois/

2 comments:

  1. Obrigado pelas considerações sobre o livro. Isso me dá forças tão necessárias para continuar acreditando que posso continuar a escrever.

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  2. Obrigado pelas considerações sobre o livro. Isso me dá forças tão necessárias para continuar acreditando que posso continuar a escrever.

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