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Minhas impressões sobre a Bienal do Livro 2016 e aquisições para resenhas.

Como todo brasileiro, deixei para a última hora para ir para a bienal, sinceramente, não pude realmente ir antes, devido alguns outros compromissos, mas parece que literalmente, todos os brasileiros foram na mesma data. Imaginando o caos que seria, comprei meu ingresso antecipadamente e paguei a famosa “taxa de conveniência” solicitada pelo site, Tickets for Fun. Sendo assim, achei que estaria livre de filas e confusões, já conhecidas em lugares de muito tumulto. Logo na entrada do estacionamento e já explicando que ir de carro foi uma tolice, não apenas pelos 45 minutos aguardando na fila para estacionar, mas também pelos R$ 40,00 investidos apenas para guardar o carro, sem nenhum retorno literário, como seria a aquisição de um exemplar por esse valor, pude perceber que lá dentro estaria um inferno quase semelhante ao enfrentado por Dante em sua Divina Comédia.

Após uma longa caminhada até a entrada principal, percebi que haviam homens gritando em um megafone, indicando a fila de pagamento e como não haviam placas indicando qual fila era para quê, tentei me informar com um dos rapazes com colete, que me indicou a fila convencional, que estava enorme. Na entrada da fila, um rapaz me informou, que quem havia comprado pela internet, não pegava aquela bendita fila e tinha que retirar ao lado do DJ. Detalhe que não avistei nenhum DJ por perto, sendo o ponto de referência dado por ele, algo meio intangível. Tentei me informar com outra pessoa, que coordenava outra fila, que também não entendi qual seria o público que estava nela, essa me falou para ir direto para a catraca e mostrar meu celular. Fui até a catraca com o celular e a pessoa que me barrou, disse que eu tinha que ir num balcão, que estava ao lado do tapume branco, pedi para ele apontar, para eu não correr o risco de errar novamente e ele claramente me mostrou uma mesinha que estava lá, com 2 atendentes. Esperei na pequena fila até que chegou minha vez e para minha surpresa, também não era lá que eu retirava meu ingresso. Expliquei a situação para o rapaz que me atendeu, esse gentilmente, mas não muito pacientemente, me encaminhou para finalmente chegar até a fila certa!

Após toda essa saga e perceber na prática que ainda temos muito o que aprender, na hora de ir para eventos, consegui finalmente entrar! Estava tudo muito lotado, desde os corredores, passando pelos stands e chegando aos quiosques para se alimentar, não se via muito espaço. Crianças e adolescentes, que provavelmente não tinham muita noção espacial, ocupavam o chão por onde as pessoas tinham que transitar, muitos deles sentados e outros, acreditem, deitados! Não podemos reclamar, pois, graças a Deus, os jovens estão interessados em leitura, mesmo que seja sobre a vida de Kefera (e não me pergunte de quem se trata, sei apenas que é uma youtuber), mesmo parecendo que noventa por cento deles, estavam lá apenas para tirar foto com as novas celebridades.

O primeiro lugar que tentei achar, foi o mapa da feira, para que eu pudesse ordenar os stands que eu pretendia visitar. Encontrei ele, com uma dúzia de adolescentes deitados na sua frente e com os nomes pequenos de cada local, quase impossibilitando suas localizações. Depois, fui ao primeiro de minha lista, o stand da Chiado Editora, pois, queria saber se meu livro estava lá a venda. Infelizmente não tinha nenhum exemplar nas prateleiras, mas tinham alguns livros que me interessaram, por serem de autores brasileiros e então eu os adquiri, para poder resenhar para vocês, são eles:

O amuleto perdido da Amazônia de F J Teixeira.

Sinceramente ainda não conheço o autor, mas assisti um booktrailer do livro e achei interessante a proposta. Assim que terminar de ler, postarei uma resenha do livro para vocês.
















Decrépitos de Fábio Mouráhj.


Também não conheço o autor e estou apostando nessa aventura, que pela sinopse e algumas páginas que folheei, parece que irá agradar bastante o público da ficção e do terror. Também, o quanto antes o ler, postarei uma resenha falando sobre minhas impressões.














Algo que me satisfez muito nessa bienal, foi a presença de vários autores independentes e novas editoras, que prometem aumentar a demanda de novos títulos aqui no Brasil. Algumas delas, buscam o folclore brasileiro e lendas do interior, bastante difundidas, mas pouco exploradas no ramo literário. Outras, com lendas mais antigas e algumas até bíblicas, aparecem para nos surpreender. Entre elas, estão:


Minhas conversas com o Diabo de Mário Bentes.


Mario Bentes, apostou na já bem difundida Goétia e seus demônios, para escrever vários contos, que começam com o livro um de minhas conversas com o diabo.

Em um breve bate-papo com o autor, deu para perceber que ele manja bem do assunto e está confiante com sua obra literária de ficção. Também postarei uma resenha falando sobre ele.








Quando a Selva Sussurra – Contos Amazônicos.

Também leva a assinatura de Mário Bentes em conjunto com outros autores, entre eles Andrés Pascal e reúne diversos contos da região Amazônica, alguns misturados com ficção, outros em sua forma original, como conhecido pelos moradores da região.

Também me chamou a atenção, justamente por tratar de folclore local e misturar com a imaginação de autores que prometem ser ótimos no que fazem. Logo mais postarei resenha sobre ele.



Lendas de Itapetininga de Maria Nunes da Costa Menk e Luciane Camargo.



Como adoro folclore regional, resolvi adquirir uma cópia desse livro, que não é o único das autoras.

Existem outros, que agrupam essas histórias locais e que podem ser comprados para difundir ao Brasil, esses contos que em sua maioria, são conhecidos apenas nas cidades do interior de São Paulo, em torno de Itapetinga.







Às margens do Ipiranga – Antologia da Edicon.



Fugindo um pouco de minhas preferências, mas dentro do perfil de novos autores independentes, adquiri também uma antologia de poesias, com diversos autores. Essa eu já terminei de ler, pois é bem curtinha, com cerca de 20 poemas sobre o bairro do Ipiranga, na capital de São Paulo.

Com vários versos de poetas, MC´s, rapers e professores, trata do bairro do Ipiranga, voltado para sua periferia, com todos seus problemas sociais e a luta, que vivem esses jovens poetas e novos autores.




Espero, que assim como eu, vocês também estejam curiosos para saber a qualidade do conteúdo desses livros e confesso que estou ansioso para ler todos, mas como sabemos, é impossível fazer uma boa leitura em tempo tão curto. Então, assim que terminar as minhas leituras atuais, já colocarei na fila algum desses que citei e o quanto antes puder, postarei para todos as resenhas de um por um.

Um pouco sobre Alessandro Bortoleto Rodrigues:


Bacharel em Desenho Industrial, com habilitação em projeto do produto e pós-graduado em Gerenciamento da Qualidade, possui um livro de ficção pós-apocalíptico lançado pela Chiado Editora, chamado O Terror Depois de Tudo, que em breve estará em todas as livrarias do Brasil e Portugal.


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Twitter: @alebortoleto

             @oterrordepois



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2 comments:

  1. Minha nossa, que jornada homérica apenas para conseguir entrar!
    Mas acho que o saldo foi, no fim, positivo, certo? Afinal, você conseguiu garimpar bons exemplares. :)

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  2. Muito bom texto. A descrição da desorganização das filas foi divertida. Bons títulos (pelo menos os títulos) que adquiriu. Abraços!!!!

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