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Resenha para o livro “Os Justiceiros” de Stephen King, escrevendo como Richard Bachman:

Como já expliquei em resenhas anteriores Richard Bachman, foi um pseudônimo criado por Stephen King, que sai um pouco da linha dos outros que ele publicou em seu próprio nome. Porém, logo de início, existe uma nota do autor revelando que Richard havia morrido de câncer em 1985 e antes disso, havia publicado cinco livros, mas que ao mudar-se de residência, sua esposa encontrou os manuscritos de Os Justiceiros e os entregou para publicação.

A história se passa em um bairro de classe média em Ohio e logo no começo, uma van entra em sua rua principal e seus tripulantes atiram com armas de grosso calibre acertando o entregador de jornais e um cachorro que brincava com algumas crianças. Todos os moradores se apavoram com o ocorrido passando a experimentar o pior de todos os dias de sua vida e como em qualquer pequeno bairro desse estilo, todos se conhecem e mobilizam-se para chamar a polícia e tentar preservar a cena do crime, de uma forte chuva que começa a surgir.

Em uma das casas desse bairro, mora Seth, sobrinho de Audrey, que é uma criança órfã de pai e mãe, com autismo. Acolhido por ela quando seus pais foram brutalmente assassinados, ele tem uma espécie de dupla personalidade, que alterna com Tak, uma entidade maligna e perversa, capaz de várias atrocidades para seu próprio deleite e com alguns poderes paranormais, que combinados com sua maldade torna-se altamente mortal e fora de controle para sua tutora.

Várias outras coisas vão acontecendo ao decorrer do dia, assim como outras mortes e uma mudança radical na paisagem do bairro: as casas foram se transformando num cenário de uma antiga série de caubóis, com barras para amarrar cavalos, casas antigas e uma taberna. Alguns moradores conseguem se esconder dos ataques e percebendo a mudança, traçam um plano de fuga por uma rota antiga que liga a uma autoestrada mais movimentada, de onde poderiam pedir ajuda.

A maior parte da trama, se passa em um único dia, que para a minha opinião, torna um pouco maçante a história, que desenrola muito melhor quando começa a alternar com eventos ocorridos no passado de Seth e Audrey. Só após sabermos desses acontecimentos muitas coisas passam a ter maior sentido e entendemos que todos os eventos que estão acontecendo, envolvem Tak e uma outra dimensão.

Algumas coisas esse conto tem em comum com os livros de autoria de King: ele não poupa crianças e nem mocinhos, para sobreviver a uma história dele, você precisa mesmo é ser escritor! Johnny Marinville, um escritor que vive há pouco tempo no bairro, consegue sobreviver aos ataques e junto com alguns moradores, arrumam barricada contra o ataque das vans. Para sobreviver, ele executa um plano quase suicida, que resulta no desfecho da história. Outra semelhança entre os livros já conhecidos de King, está na existência de um portal que é aberto acidentalmente que transforma nosso plano em outra dimensão e que vocês já devem imaginar, que é o que faz Tak ter tantos poderes.

Apesar de ter seus pontos maçantes na história, aconselho a leitura de “os justiceiros”, por ser uma nova classe de suspenses do grande King e ter muitos trechos de bastante tensão e apreensão, que deixa a gente sempre querendo ir uma página adiante e acompanhar o desfecho do capitulo. E mesmo sabendo que é o Stephen escrevendo como Richard Bachman, notamos grandes diferenças em sua dissertação, o que em minha opinião, só me faz admirar ainda mais a versatilidade desse grande Autor.


Um pouco sobre Alessandro Bortoleto Rodrigues:



Bacharel em Desenho Industrial, com habilitação em projeto do produto e pós-graduado em Gerenciamento da Qualidade, possui um livro de ficção pós-apocalíptico lançado pela Chiado Editora, chamado O Terror Depois de Tudo, que em breve estará em todas as livrarias do Brasil e Portugal.


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