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Resenha para o livro “Inferno” de Dan Brown.

Em um final de semana desses, minha mãe me perguntou o nome do livro que eu lia em sua casa e quando respondi a ela que era “Inferno”, ela me questionou se eu já havia descoberto o que era esse lugar. A maioria de nós, fomos orientados desde crianças sobre o mundo inferior, para onde vão as pessoas ruins e os pecadores, e que nesse lugar existe muito fogo e demônios chifrudos, que castigam todos os merecedores desse destino. Essa informação, vem de muitos e muitos anos, passando de geração para geração e provavelmente não é a bíblia sua verdadeira origem e sim, de um antigo poeta italiano que muitos devem ter ouvido falar, chamado Dante Alighiere, que escreveu a Divina Comédia.

Devo estar me atrevendo a escrever para muitos leitores, que já conhecem as obras de Dan Brown e me aventurando ao papel até de bobo ao passar essas informações, que devem ser redundantes para muitos aqui. Mas ele, em sua genialidade, mais uma vez utilizou-se de vários elementos de muito sucesso, como a própria Divina Comédia de Dante, pontos turísticos fantásticos da Europa, bastante conhecimento em história da arte e até mesmo patologias clínicas, em sua escrita, que misturados com um grande suspense, muita aventura e a velha teoria da conspiração, resultam nesse livro fantástico e muito interessante.

Para quem já leu suas outras obras, certamente procurou saber o que era o Opus Dei, da qual a trama de Código Da Vinci tratou como enredo principal e provavelmente, pesquisou sobre a maçonaria, mencionada em O Símbolo Perdido e claro que, se começar a ler Inferno, irá pesquisar sobre a vida de Dante, sobre as obras de Michelangelo e vários outros artistas e esculturas que são citadas nele. Isso faz parte do show de Dan, que explorando elementos de muito sucesso e locais, que decerto muitos gostariam de conhecer, aguça a criatividade e curiosidade acerca deles.

Na trama, nosso já conhecido Robert Langdon, professor universitário de história da arte, interpretado nos filmes pelo querido Tom Hanks e de quem não consigo dissociar a imagem já gravada, acorda na Itália, sem memória de seus últimos dias e é perseguido por diversas agências (incluindo a Organização Mundial da Saúde – OMS), por diversos pontos turísticos da região. Ele conta com a ajuda de uma jovem médica, para além de fugir de seus perseguidores, solucionar um enigma, que pode gerar a extinção da raça humana, por conta de um agente patógeno, criada por um geneticista que acredita, que a solução para a humanidade é uma nova peste negra e a diminuição drástica de seres-humanos.

Cheia de surpresas e reviravoltas, a trama tem ao menos dois pontos de virada cruciais em seu enredo, que incentivam ainda mais a leitura, nos deixando com um misto de sentimentos sobre alguns personagens e dúvidas sobre os acontecimentos. Em certo ponto, talvez me arrisco a dizer que esse é um dos artifícios mais utilizados pelo Dan, temos a sensação de traição e tememos ainda mais pela vida de Robert.

 O farto número de detalhes dados pelo autor, mostra seu grande conhecimento sobre história da arte, que nos agradecimentos do livro, vemos que vem de sua esposa e os ricos detalhes dos locais por onde passa, vem de uma guia italiana, que os levou para um tour VIP. Em minha opinião de leitor, apesar de enriquecer o texto e deixar ele mais atrativo, isso torna a leitura um pouco mais densa e amarrada, que me fez demorar um pouco para passar da metade do livro. Costumamos dizer, que as primeiras 70 páginas, geralmente demoram mais e depois que passamos o restante vai rápido, no meu caso, foram as 200 primeiras páginas que mais demoraram e o resto, passou voando! Claro que recomendo essa leitura e tenho certeza que todos irão gostar muito, assim como eu!


Um pouco sobre Alessandro Bortoleto Rodrigues:



Bacharel em Desenho Industrial, com habilitação em projeto do produto e pós-graduado em Gerenciamento da Qualidade, possui um livro de ficção pós-apocalíptico lançado pela Chiado Editora, chamado O Terror Depois de Tudo, que em breve estará em todas as livrarias do Brasil e Portugal.

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2 comments:

  1. Acho que houve um equívoco no primeiro parágrafo, quanto ao objetivo de Dante no Inferno. Digo porque li-os, e não se trata de uma busca por sua amada, Beatriz. Este talvez seja, se não me engano, o plot do game que fizeram baseado na obra. Mas A Comédia, na verdade, não possui trama alguma; ela apenas expõe as digressões, as conversas e tudo o que se passa no inferno, purgatório e paraíso. Não há um objetivo. O poema é um alegoria à vida de Dante, ao qual pode-se verificar num dos primeiros versos de inferno, "à meio caminhar da vida", algo assim.

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    1. Aliás, não há pecado algum por parte de Dante. Acontece que, se dispondo o poeta a atravessar o inferno, purgatório e paraíso, torna-se seu guia Virgílio, que é poeta da antiguidade, que mora na primeira camada do inferno, o Limbo, grande inspiração de Dante, que o conduz até parte do purgatório; lugar onde sua alma é muito indigna de entrar. Então, vem Beatriz, que é pura, e o conduz até o paraíso.

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