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O que Me Faz Pular – Naoki Higashida


Em resenhas posteriores já comentei que a leitura é capaz de nos fazer pessoas mais empáticas, de aprendermos a nos colocar no lugar do outro, assim também como já comentei o quanto é importante lermos livro de não-ficção (e por favor não entenda isso como um incentivo meu a ler livros de autoajuda!)
Naoki Higashida é o autor de O que me faz Pular, ele na época da escrita do livro tinha 13 anos (em 1992), e qual é o diferencial dele e de sua obra? Naoki é um rapaz japonês que possui um autismo grave, e por isso possui a fala limitada, por ter dificuldades de comunicação verbal ele se comunica principalmente pela escrita, que ele aprendeu fazendo uso de uma prancha de alfabeto (com os caracteres do alfabeto hiragana), assim sendo capaz de soletrar palavras e pouco a pouco sendo capaz de escrever poemas e histórias. Logo ele podê fazer uso de um computador, onde mantém um blog.
“Para mim, a prancha de alfabeto não é só uma ferramenta para organizar frases: é como eu comunico aos outros o que quero e preciso que eles entendam.” P.23
Seu livro se assemelha a um pequeno manual, onde ele vai respondendo as questões mais comuns feitas aos autistas e seus modos de se comportar, ele clama principalmente por paciência, pois ele está ciente que não consegue se comunicar de maneira  clara e que “nós nunca sentimos que nossos corpos de fato nos pertencem” p.58
Além de terem dificuldade de se expressarem, a falta de controle com o próprio corpo/ dificuldade de reconhecê-lo, deixa claro que os autistas também possuem dificuldade de se adaptarem rapidamente a situações novas e que tem um modo diferente de perceber o tempo, ou seja, a ordenação de suas memórias, suas cronologias, são percebidas de maneira diferente. Isso é muito fácil de ser percebido no seu modo de escrita, onde ele repete algumas dessas informações, porque as vezes ele se esquece que já as informou
“Autistas não tem liberdade. O motivo é que somos um tipo diferente de seres humanos, nascidos com sentidos primitivos. Nós estamos fora do fluxo natural do tempo. Não conseguimos nos expressar e lutamos com nossos próprios corpos a vida inteira.” P.89
O ponto principal deste livro foi ele ter sido escrito por um autista, que explica de sua própria maneira o que é ser autista. A leitura deste é um exercício de empatia que todos deveríamos ter com aqueles que são considerados diferentes, mas que na verdade nem são tão diferentes assim. 

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